Endocrinologia

O que é a diabetes?

O diabetes é um distúrbio no qual a concentração de açúcar (glicose) no sangue encontra-se desequilibrada, isto é, elevada. As alterações que ocorrem durante a gestação tornam difícil o controle da concentração de açúcar no sangue de uma gestante diabética. O organismo da mulher grávida favorece a produção de hormônios que aumentam o açúcar no sangue, acarretando a chamada resistência à insulina, aumentando a demanda deste hormônio pelo organismo,o que, para algumas mulheres, resulta nos diabetes.

Na gravidez, duas situações podem acontecer: a mulher que já tinha diabetes e engravida e o diabete gestacional, que é aquele que se inicia durante a gestação ou que se torna evidente na gestação (diabetes gestacional) ocorre em 1 a 3 % de todas as gestações. È muito mais comum entre mulheres de certos grupos étnicos, sobretudo, as nativas norte-americanas, as habitantes das ilhas do Pacífico e as mulheres de ascendência mexicana, indiana e asiática, e também entre as mulheres obesas.

Durante o pré-natal faz parte da rotina a investigação do diabetes gestacional em mulheres grávidas. Após a gestação ,a doença geralmente desaparece. O diabetes mal controlado pode  colocar em risco tanto o feto como a gestante. Contudo,com um bom controle os riscos não são maiores que os de mulheres grávidas não diabéticas.
Durante a gravidez, a maioria das mulheres é orientada sobre como utilizar os aparelhos que mensuram o açúcar no sangue e como ajustar a dose de insulina de acordo com a necessidade para controlar a concentração de açúcar no sangue durante toda a gestação.

Mas, não desanime porque grande partes dos casos são controladas pela dieta adequada e evitando-se grandes ganhos de peso. Quando a dieta e exercícios são insuficientes para controlar o açúcar, a gestante com diabetes toma injeções de insulina e não medicamentos hipoglicemiantes orais,os quais podem ser tóxicos para o feto. O diabetes aumenta o risco da gestante para  infecções, trabalho de parto prematuro e hipertensão arterial. O tratamento desses distúrbios é o mesmo que para qualquer outra mulher grávida. Quando a pressão arterial é mantida sob controle, a gravidez não agrava a doença renal causada pelo diabetes, sendo raras as complicações renais durante a gestação.

O filho de uma mulher diabética pode ser anormalmente grande ao nascer,mesmo quando ela consegue manter normal, ou praticamente normal, os níveis de açúcar no sangue durante toda gestação. O risco de defeitos congênitos é duas vezes maior nos bebês de gestantes diabéticas.
A ocorrência de defeitos congênitos é mais provável quando a diabete é mal controlada durante o período de formação.

 

Modulação Hormonal: a importância dos hormônios

Nosso corpo produz hormônios, que são mensageiros químicos, como a adrenalina, a insulina, o hormônio do crescimento (GH) e dezenas de outros que auxiliam no bom funcionamento do organismo. Em sua maioria, os hormônios são produzidos por glândulas, mas há os que são “feitos” por órgãos como o coração, o estômago, o intestino. Alguns hormônios são responsáveis por controlar os níveis de outros, e isso acontece, por exemplo, com a hipófise. Muitos hormônios produzidos nessa pequena glândula, localizada na base do cérebro, estimulam outras glândulas, como a tireóide, as supra-renais, os ovários, etc.

Como num trabalho em equipe, muitos hormônios funcionam aos pares para atingir um equilíbrio, de acordo com o princípio das forças opostas, ou seja, um hormônio tem efeito oposto do outro. O pâncreas, por exemplo, produz a “dupla” insulina- glucagon, sendo que a insulina, numa situação como a da hipoglicemia, reduz os níveis de glicose no sangue, enquanto que o glucagon aumenta. Evidentemente, esse sistema tem que ser extremamente preciso para manter um balanço saudável.

Com o processo de envelhecimento, a produção de nossos hormônios pelos órgãos e glândulas vai diminuindo. Os níveis de GH, assim com dos esteróides sexuais (estrógenos e testosterona), vão caindo, e uma das conseqüências é a redução da massa magra, principalmente músculos e ossos. Esse fato leva a uma diminuição do metabolismo, ou seja, mesmo comendo as mesmas quantidades, existe uma tendência a ganhar mais gordura corporal. Além disso, a queda da testosterona gera uma diminuição da libido (apetite sexual) e performance sexual masculina e feminina, alem de diminuir a disposição.

Quando os ovários param de funcionar, surge, a menopausa e, com ela, todas as dúvidas em relação a fazer ou não reposição hormonal. Isso porque, em 2002, quando foram publicados os resultados de um grande estudo sobre reposição hormonal em mulheres, os hormônios passaram a ser vistos como vilões. Esse estudo  revelava que a reposição hormonal aumentava o risco de desenvolver câncer de mama e incidência de derrame.

Porém, nesses últimos anos, cada vez mais tem se constatado, através de pesquisas recentes, que o importante é avaliar caso a caso e saber diferenciar qual  tipo de hormônio deve ser utilizado de forma individualizada. Na grande maioria das situações, desde que não haja contra–indicação, a reposição hormonal é extremamente benéfica e dá a oportunidade a mulheres e homens de desfrutar uma qualidade de vida muito superior. A população mundial está envelhecendo e não se trata apenas de acrescentar anos à vida das pessoas, mas sim, vida a esse anos. O bom senso e o conhecimento devem andar de mãos dadas.

Os hormônios regem a nossa vida e, em níveis normais, deixam a gente bonita, saudável e cheia de energia. Mas muita coisa interfere nesse equilíbrio. Este balanço hormonal pode fazer você ganhar peso (ou ter dificuldade em perdê-lo), causar inchaço, levar você à beira de um ataque de nervos e até aumentar a sua barriguinha. O corpo tem mecanismos para regular a produção dessas substâncias poderosas, porém dormir mal, comer errado e viver estressada atrapalham tudo. Já um estilo de vida saudável é meio caminho andado para que eles funcionem a todo vapor e sempre a seu favor. Entendendo os hormônios podemos transforma-los em nossos aliados.

Nosso organismo tem um tipo de relógio interno, que controla quando cada função deve acontecer ao longo do dia. É esse “tique-taque” que nos deixa sonolentos à noite, avisa que está  na hora de acordar pela manhã e faz a barriga roncar perto do almoço… Esses ponteiros internos também comandam a produção de cada hormônio.

O pico da produção de cortisol, hormônio que controla a assimilação dos nutrientes, função essencial para garantir o pique no dia-a-dia ocorre de manhã. Sob efeito do stress, é acionado fora de hora, ultrapassando os níveis normais. O problema é que vivemos em stress crônico, o que propicia o surgimento de diversas doenças.

Quando em excesso o cortisol, abre o apetite e aumenta os estoques de gordura porque estimula a produção de células gordurosas especialmente no abdômen. Também altera o metabolismo da insulina, outro hormônio “engordativo”. Sinais dessa oscilação são estrias arroxeadas, gordura no tronco (com braços e pernas finas) e na barriga, e rosto em forma de lua cheia.

Para contrabalancear o stress, invista em técnicas para administrar a tensão, como meditação, ioga e atividade física. Vegetais verde-escuros, carnes magras e grãos integrais, ricos em vitaminas do complexo B, equilibram o sistema nervoso, o que também ajuda.

É durante o sono profundo que o organismo produz o hormônio do crescimento (GH), que influi muito na vitalidade. Entre outras funções, aumenta e preserva a massa muscular, além de quebrar as moléculas de gordura para transformá-las em energia, o que ajuda a manter o peso.

 

Sinais da deficiência são ganho de peso e cansaço!

Para restabelecer o equilíbrio, nada como uma boa noite de sono. Preste atenção à sua disposição pela manhã. Se acorda bem disposta, é sinal que dormiu o necessário, mesmo que fuja das oito horas médias recomendadas. Ir para a cama antes das 23 horas também garante maior eficiência do GH, já que esse hormônio entra em ação por volta de 1 hora da manhã. Melhorar a ingestão de proteínas magras, reduzir os carboidratos refinados e praticar atividade física regularmente são as melhores armas par elevar o GH.

A insulina é especialmente acionada depois da refeição, pois é ela que empurra a glicose da comida para dentro das células, garantindo a energia necessária ao funcionamento de todo organismo. Quando em excesso, causa uma sensação de fome mesmo quando se está bem alimentado por gerar queda no nível de açúcar no sangue, levando a um ciclo vicioso de comer demais. Facilita o estoque de gordura, pois também estimula a produção de células gordurosas.

Para restabelecer o equilíbrio, evite os jejuns prolongados comendo a cada três horas já que ficar muito tempo sem comer leva a picos de hipo e hiperglicemia, disparando a produção de insulina. Para manter a insulina sob controle, reduza o consumo de carboidratos refinados (doces, pães, bolos, biscoitos e macarrão feitos com farinha branca) e coma mais alimentos ricos em fibras solúveis (maçã, aveia e feijão), que fazem o corpo absorver o açúcar, de forma mais lenta, segurando o apetite.

 

Quanto à tireóide, será que é mocinha ou vilã?

Ela produz T3 e T4, hormônios poderosos no comando do metabolismo. Uma de suas principais tarefas é a queima de calorias para gerar energia. Se a glândula trabalha lentamente ocorre um distúrbio conhecido como hipotireoidismo. Deste modo fica difícil regular os estoques de gordura e você acaba ganhando peso. Suspeite do problema se, além de engordar, você sentir sonolência, indisposição, cansaço, depressão, pele seca e irregularidade menstrual. O tratamento é simples, à base de reposição dos hormônios T3 e T4, sempre sob orientação médica. Mas vamos com calma antes de colocar nesses hormônios toda a culpa pelos quilinhos a mais. Eles só estão por trás de 5 % dos casos de obesidade. Os maiores vilões do excesso de peso são os erros de alimentação, a falta de atividade física e a genética.

As Paratireóides são 4 pequenas glândulas próximas à tireóide que produzem o paratormônio, o qual controla o metabolismo do cálcio, fundamental para saúde dos ossos.

 

Será que é Tireóide?

A tireóide uma pequena glândula, que pesa pouco mais de 10 gramas e fica localizada na região anterior do pescoço. Apesar de pequenina e de seu formato que se assemelha a uma borboleta, ela é muito poderosa, sendo capaz de tornar seu metabolismo rápido ou lento, levar ao ganho de peso ou perda de peso, interferir no seu humor, no sono e até no ciclo menstrual. A tireóide é capaz de tudo isso através da produção de seus hormônios, conhecidos como T3 e T4, mensageiros químicos que viajam através da corrente sanguíneas e atingem todas as partes do nosso corpo.

A glândula tireóide funciona como um ar condicionado com termostato. Se existir hormônios tireoideanos suficientes na circulação, a glândula para sua produção. Quando o corpo necessita de mais hormônios, a glândula reinicia novamente sua produção.

A glândula hipófise funciona como um termostato, informando a tireóide quando deve funcionar mais ou menos. Essa glândula envia à tireóide o hormônio que comunica o que deve fazer e esse hormônio é conhecido como TSH.

Aproximadamente 20 milhões de americanos tem algum tipo de doença na tireóide. Ela pode produzir excesso de hormônio (hipertireoidismo), estimulando o metabolismo a usar mais energia, ou hormônio de menos energia (hipotireoidismo) tornando o metabolismo mais lento e gastando menos energia.

A glândula tireóide pode ainda sofrer inflamação (tireoidite), aumentar de tamanho (bócio) ou desenvolver um ou mais nódulos que podem ser benignos ou malignos.

O hipertireoidismo é quase 10 vezes mais frequente em mulheres do que em homens e sua causa mais comum é conhecida como doença de Graves. É causada por uma alteração no sistema imunológico que passa a estimular a glândula a produzir hormônios em excesso.

Em consequência disso, os sistemas mais comuns são taquicardia, nervosismo, tremores, insônia, alterações menstruais e eventualmente ficar com os olhos “saltados”, além de levar à perda de peso. No caso de hiportireoismo, ocorre o inverso, o metabolismo fica lento e também é mais regular em mulheres do que em homens. A tireóide fica lenta e o paciente sente-se cansado, lento, com frio, com a memória fraca, e com facilidade de ganho de peso.

Devido ao fato do hipotireoidismo fazer com que o metabolismo se torne mais lento e favoreça o ganho de peso, é muito comum as pessoas que tem excesso de peso ou obesidade questionarem se a causa é a tireóide. Porém, estatisticamente sabemos que em menos de 5% dos casos a tireóide está funcionado mal nos gordinhos, portanto, na maioria dos casos essa acaba sendo apenas uma “descupa” para justificar maus hábitos alimentares e sedentarismo.

Quanto aos nódulos de tireóide, são relativamente comuns, mas mais de 90% deles são benignos, portanto, caso seu médico encontre algum nódulo, não se desespere, pois a chance de ser maligno é pequena e na maioria dos casos o câncer de tireóide é curável.

 

A importância da Tireoide

Frequentemente atendo no consultório, pacientes com a seguinte dúvida: “Como pouco, faço dieta, mas não emagreço de jeito nenhum. Devo ter problema na tireoide”. De fato o ganho de peso é um dos sintomas do hipotireoidismo, quando há falhas na produção de hormônios tireoidianos. Porém, na maioria das vezes, esse autodiagnostico está errado. Sabemos que a disfunção é responsável por menos de 5% dos casos de obesidade.
Apesar disso essa glândula em forma de borboleta que fica na base do pescoço é pequena, mas poderosa. Problemas ali geram um descompasso no funcionamento do corpo inteiro. Afinal, seus hormônios são mensageiros que atuam em todos os cantos do corpo, ou seja, todas as suas células têm receptores para os hormônios tireoidianos T3 e T4. Sendo assim, do funcionamento adequado da tireóide depende o crescimento, a fertilidade, o sono, o raciocínio e a memória, só para dar alguns exemplos e não só o emagrecer e o engordar.

As principais doenças da tireoide são:

Hipotireoidismo; É causa mais, comum, sendo que em 80% dos casos é uma doença auto-imune conhecida como tireoidite de Hashimoto a qual o sistema imunológico passa a não reconhecer a tireóide como própria e produz anticorpos contra ela. Isso faz com que ela inflame e reduza a produção de T3 e T4. O hipotireoidismo é mais comum entre as mulheres, mas também atinge os homens. Entre as consequências, o corpo inteiro passa trabalhar, mas devagar. Os sintomas são ganho de peso, fraqueza, desânimo, sono excessivo, intestino preso, retenção de liquido e colesterol alto. Alias, essa disfunção é uma causa muito frequente de depressão. Muita gente que toma medicamentos antidepressivos deveria, na realidade, estar tratando o hipotireoidismo tomando uma substância chamada levotiroxina, uma versão sintética do hormônio T4. Cabe ao especialista ajustar as doses periodicamente.

Hipertireoidismo: A doença de Graves é a causa mais comum de hipertireoidismo (60 a 80% dos casos), afetando mais mulheres do que homens (proporção de 5 a 10:1) sendo que esse desequilíbrio acelera todas as funções do organismo. É consequência do ataque do próprio corpo, porém, neste caso, os anticorpos vão estimular a produção de hormônios, em vez de diminuí-la. Para confirmar o diagnóstico, é só verificar a presença do anticorpo TRAb, que estimula a tireoide, pois em 90% dos casos Graves o teste é positivo. Os sintomas mais comuns são calor, sudorese excessiva, insônia, nervosismo, perda de peso drástica e intestino solto. Em situações mais graves o pescoço fica inchado e os olhos saltam. O tratamento é feito com remédios que inibem a produção dos hormônios tireoidianos, radioterapia ou cirurgia. É importante lembrar ainda que muitos casos de hipertireoidismo são causados pelo uso inadequado de hormônios para tireoide com o objetivo ilusório de emagrecer.

Nódulos; São bem mais comuns do que se imagina, porém, quem descobre que tem um deles costuma levar um grande

Nódulos; São bem mais comuns do que se imagina, porém, quem descobre que tem um deles costuma levar um grande susto. Aparecem em 15% a 20% da população jovem e chegam a incomodar 50% das pessoas mais velhas. Não se tratam de cisto: nódulos são duros e os cistos são bolsas com liquido dentro. Hoje é possível detectar nódulos mínimos através ultrassonografia. Quando tiverem menos de 1 centímetro, a conduta médica básica em geral é apenas observar a menos que mostre sinais ultrassonográficos “suspeitos”. Se forem maiores, talvez seja necessário fazer uma punção para afastar a hipótese de serem malignos. A chance de um nódulo ser câncer é por volta de 15%.

Câncer: Na tireoide, ele é cinco vezes mais comum nas mulheres, e é provável que o hormônio feminino estrógeno facilite a proliferação descontrolada das células tireoidianas. O carcinoma pode ser classificado como folicular, medular ou papilifero – esse ultimo corresponde a mais ou menos 90% dos casos. Obesidade e exposição á radiação são fatores de risco para tumores tireoidianos. Ás vezes há necessidade de retirar a glândula. Mas a evolução do tumor é muito lenta e a chance de sobrevida 97% em 5 anos, segundo a Sociedade Americana de Câncer.

O diagnóstico das disfunções da tireoide é simples, feito através de um exame de sangue. É só medir a quantidade de hormônio TSH e, se o médico achar necessário, de T3 e T4. Veja alguns valores que são indicativos de disfunções.

TSH
>4,5 µU/mL sugere hipotireoidismo
< 0,5 µU/mL sugere hipertireoidismo

Anticorpo anti-peroxidase (TPO)
Quando positivo, indica tireoidite de Hashimoto que leva ao hipotireoidismo e ás vezes a doença de Graves, por trás de casos de hipertiroidismo.

TRAb
Se esse anticorpo estiver presente no sangue,  ele acusa a doença de Graves

É importante lembrar que mulheres grávidas que tem hipotireoidismo necessitam de acompanhamento mensal de endocrinologista e frequentes reajustes na dose de reposição hormonal para não colocar em risco a gestação.

 

Endocrinologia: Metabolismo e envelhecimento

Metabolismo é o nome que se dá ao conjunto de reações fisiológicas responsáveis pelo funcionamento do nosso corpo como respiração, circulação, manutenção da temperatura do corpo e reações químicas celulares.

Para que tudo isso funcione o organismo gasta calorias. Que pode variar de individuo para individuo, mas, normalmente, não é causa de ganho de peso, a não ser que exista alguma doença como hipotireoidismo.

Existe uma ligação direta entre o envelhecimento e o metabolismo. Geralmente, à medida que o ser humano envelhece  há um declínio gradual de seu metabolismo, ou seja, o número de calorias necessárias para manter o corpo funcionando é menor com o passar dos anos. Esse é um dos importantes motivos que faz com que haja aumento de peso com o envelhecimento.

Além disso, à medida que envelhecemos, a composição corporal vai mudando de forma que, após os 45 anos de idade, a maioria das pessoas perde em média 10% de sua massa muscular por década. Isso significa menor queima de calorias de tal forma que existe uma tendência de ganhar por volta de 0,5 kg por ano de gordura.

A tendência à diminuição da atividade física com o passar dos anos é outro fator importante que leva ao ganho de peso. A atividade física aeróbica leva a um gasto calórico importante durante sua execução, ou seja, ajuda a “queimar” calorias, porém, a atividade muscular de resistência (musculação) pode sim levar a um aumento do metabolismo de repouso (basal) porque aumenta o número e tamanho das fibras musculares que são verdadeiras “torradeiras” de calorias.

 

E a tireóide, o que tem a ver com isso?

Sabe-se que apenas 3 a 5% dos casos de excesso de peso e obesidade são

causados por hipotireoidismo. Além disso, mesmo que a pessoa seja portadora dessa doença, normalmente pode ser controlada sem dificuldades com o uso adequado de medicação especifica, portanto, não coloque a culpa nessa pequena glândula quando você notar que aumentou seu peso.

De forma geral, essas modificações metabólicas que ocorrem com a idade fazem com que uma mulher por volta dos 50 anos necessite por volta de  300 a 500 calorias a menos por dia do que necessitava aos 20 anos para manter seu corpo. Portanto, ganhar peso com a idade não significa necessariamente comer mais, mas também gastar menos calorias.

 

Algumas dicas para aumentar seu metabolismo:

1. Aumentar sua massa muscular:

Exercícios de musculação ajudam a construir massa magra(muscular) que é a principal responsável por aumentar sua queima calórica mesmo em repouso.Comece devagar e procure orientação de um professor para não se machucar; duas vezes por semana é suficiente para que logo você comece a notar mudanças no seu corpo e no seu humor.

2. Coma mais proteínas:

As proteínas da dieta aumentam a sensação de saciedade, além de não causar oscilações bruscas nos níveis de insulina como os carboidratos refinados.A sugestão e ingerir por volta 1g de proteína por quilo de peso e dar preferência ás proteínas magras como carne vermelha magra, peixes, aves, grãos e laticínios desnatados.

3. Não pule refeições e não reduza drasticamente as calorias:

Nosso organismo é inteligente e em qualquer dessas duas situações interpreta como uma agressão e portanto diminui a queima calórica.O resultado disso é que, quando comer,mais calorias serão aproveitados e estocados. Uma boa estratégia é diminuir não mais que 500 calorias por dia e nunca comer menos que 1200 calorias por dia.

4. Faça exercícios aeróbicos:

Melhoram o condicionamento cardio – pulmonar e ajudam a queimar calorias durante sua prática.Como não estimulam o metabolismo de repouso, é importante associar musculação.

5. Movimente-se no seu dia-a-dia:

Pequenas mudanças comportamentais como parar o carro mais longe,subir escadas,passear com o cachorro ou fazer jardinagem podem aumentar sua queima calórica em umas 100 calorias por dia o que ajuda a emagrecer por volta de 0,5kg em um mês.

6. Durma Bem:

Apesar de parecer estranho,dormir pode ajudar a torná-lo mais gordo, não só porque estimula a beliscar a noite, mas também pode influenciar na liberação de hormônios que tornam seu metabolismo mais lento,como por exemplo o Cortisol.

Para finalizar, é importante ressaltar que atualmente é possível mensurar indiretamente o metabolismo de cada através de um equipamento conhecido como calorímetro.
O exame dura apenas 20 a 30 minutos e o resultado pode ser conferido na hora. Ajuda muito na elaboração e prescrição de dietas de forma individualizada e de acordo com quanto cada pessoa “queima”.

 

Síndrome Metabólica: o que é essa tal síndrome metabólica ?

Cada vez mais aumenta o número de artigos médicos sobre síndrome metabólica que chegam ao público leigo através de revistas, jornais e televisão. Mas, afinal, o que é essa condição, quais são suas causas e porque pode afetar tanto a nossa saúde ?

A síndrome metabólica é conseqüência de uma série de alterações no organismo que ocorrem ao mesmo tempo, aumentando o risco de doenças cardíacas, derrame e diabetes. Se você tiver ao menos uma das seguintes condições como aumento da pressão arterial, acúmulo de gordura na região do abdômen ou aumento nos níveis de insulina e colesterol estará correndo risco de saúde.

Quando combinados, o risco é ainda maior.

Como o próprio nome sugere, a síndrome metabólica está relacionada à condição metabólica do corpo, principalmente ao que se conhece como resistência à insulina. Alguns estudos revelam que se o individuo tem três das condições relacionadas à síndrome metabólica está duas vezes mais propensa a ter um ataque cardíaco ou derrame e tem três vezes mais chance de desenvolver doenças cardiovasculares.

 

O diagnóstico é feito quando :

*a circunferência abdominal for maior que 94cm em homens e maior que 80cm em mulheres.
*níveis aumentados de triglicérides, acima de 150mg/dl.
*níveis reduzidos de HDL (bom colesterol), abaixo de 40mg/dl em homens e abaixo de 50mg/dl em mulheres.
* níveis elevados de pressão arterial (acima de 13x 8.5).
níveis elevados de glicose no sangue em jejum (acima de 100mg/dl).

Como o surgimento da síndrome metabólica se deve, na maioria dos casos, a maus hábitos alimentares e sedentarismo, o tratamento deve ser baseado em mudanças radicais de estilo de vida como : praticas atividade física regular, pelo menos 3 vezes por semana, emagrecer, para de fumar, equilibrar os níveis de glicose e colesterol no sangue.

O que causa essa síndrome?

As principais causas estão relacionados a um estilo de vida pouco saudável e incluem comer demais e de forma errada (excesso de gorduras e açucares), sedentarismo e ganho de peso na região do abdômen. Essa situação pode levar ao que se conhece como resistência à insulina de forma que seu organismo não consegue usar a insulina adequadamente e isso faz com que o açúcar no sangue aumente, podendo levar ao diabetes.

Quais são os sintomas?

São conseqüência dos distúrbios metabólicos e incluem acúmulo de gordura abdominal, pressão alta, aumento dos níveis de colesterol e triglicérides e diabetes.

Como diagnosticar?

Para saber se você tem síndrome metabólica, você deve ter  3 ou mais dos seguintes fatores de risco:

 

1. Obesidade abdominal (medida da cintura)

 

Homens: > que 90 cm
Mulheres: > que 80 cm

 

2. Triglicérides

 

Acima de 150mg/dl

 

3. HDL – colesterol

 

Homens < 40mg/dl
Mulheres< 50mg/dl

 

4. Pressão Arterial

 

Acima de 130x85mmltg

 

5. Glicose

 

Maior que 100mg/dl

 

Como tratar?

– O objetivo é reduzir os fatores de risco, portanto, os primeiros passos são:
– Controle de peso (alimentação balanceada)
– Atividade física regular (pelo menos 3x/semana)
– Controle de pressão, glicose e níveis de colesterol.

 

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